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sábado, 16 de março de 2013

O tempo da Consciência de nós Mesmos

O tempo pode ter múltiplos significados, seja, uma época determinada, que pode ser do passado ou atual; pode expressar a duração de um evento; uma época propícia para certas atividades, ou o momento certo; ocasião; oportunidade; ou mesmo o estado meteorológico da atmosfera. O tempo traz em si a transitoriedade, como algo que passa, caminha sempre como o relógio que não pára, está em constante mudança. No tempo presente já se pressente o futuro. Como a vida: ao nascermos, já começa a nossa caminhada para a morte. Assim, todo o início traz em si o seu fim.
Porém o homem se insere no tempo, mesmo tendo em si a transitoriedade da matéria, ele possui singularidades eternas, a “gene” do Criador. Sendo infinito, o Criador colocou na criatura a sua infinitude, a divinizou.
Deus é infinito e as medidas do homem são medidas de Deus, por isso somos uma imensidão de infinitos. Eternamente insatisfeito, o homem busca sempre por algo que o satisfaça, algo maior. Somos eternos peregrinos e, sem o sabermos peregrinamos em busca do Absoluto que é Deus.
Está além de nós entender a infinitude de Deus. Cada ser criado por Deus é único e não é porque é nascido de pais diferentes e concebido em tempo diverso que sou diferente. A identidade de cada um é pessoal, é única e intransferível. O que eu sou é, exclusivamente meu, pertence a mim unicamente, e a mais ninguém.
Mas mesmo sendo “eu” criatura tão singular e única, trago em mim algo que partilho com todos: tenho em mim as mesmas exigências de infinito que todos tem. Os ideais de bondade e beleza estão presentes em cada criatura, no “eu pessoal” de cada um; e este é o ponto a partir do qual a pessoa se liga a Deus, o seu Criador.
Bem, esses ideais nobres colocados por Deus em nós são tão potentes que nos lançamos em busca deles, visando conquistá-los. Aí nos deparamos com as ofertas do mundo e os apelos são muitos, e persuasivos. Mas as coisas materiais que o mundo nos oferece e nos seduzem não são capazes de saciar a sede de infinito, que existe em nós. Como disse, somos uma imensidão de desejos infinitos e por mais numerosos que sejam os finitos não podem nos satisfazer. Chega o momento em que, apesar de ter acumulado muitos bens, ter uma vida "invejável" para muitos, não encontro o significado da vida.
Mas como posso ter tudo na vida e estar com essa avidez de sentido? Uma vida sem sentido é uma vida sem vida. Se buscarmos nossas realizações sem levar em conta as nossas exigências de bondade, de justiça, de amor enfim, não encontraremos a paz e a alegria que precisamos. E assim, a vida, por mais que tenhamos acumulado em riquezas materiais, estará vazia de significado.

Todos nós corremos o risco de sermos enganados pelas facilidades. Dá trabalho ser racional e inteligente, se questionar mais sobre os valores reais da vida. Mas se não o fizermos acabamos por decepcionar o nosso “eu pessoal”. É mais fácil seguir a mentalidade comum do que gastar tempo pensando sobre os valores reais da vida, e, aí vamos navegando num barco sem leme, ao sabor das contingências.

Eu me pergunto, será que não é hora de despertarmos para a realidade de nós mesmos e ouvir mais o coração? As condições para isto Deus já as colocou à nossa disposição.
Foi a pouco mais de dois mil anos que dois jovens, João e André, ouviram o seu mestre João Batista apontarem em direção a um homem que passava e dizer:
“Eis o cordeiro de Deus”.
Aqueles jovens seguiram aquele homem Jesus que ao sentir-se seguido, lhes perguntou:
“O que procuram, e eles lhe disseram:
“Mestre, onde moras?”, ao que Jesus respondeu:
“Venham e vocês verão”.
Aqueles jovens passaram aquela tarde com Jesus e ficaram fascinados por Aquele homem incomum que se comunicava e olhava dentro deles e os revelava a si mesmos.
Maravilhados, saíram e foram à procura dos amigos para dar a notícia que ardia em suas entranhas tal era a vibração que eles sentiam:
“Encontramos o Messias...encontramos o Messias!”.
Esta vibração acontece em nossos dias, quando O encontramos: somos tomados pela mesma maravilha que os jovens experimentaram naquele dia, quando o encontraram pessoalmente. Ele se faz presente de diversas formas, mas o que importa é irmos ao seu encontro e segui-lo. Seguir Cristo é o caminho por excelência e não há qualquer risco de nos perdermos por que Cristo, é Ele mesmo o caminho.
Vivamos o tempo da consciência de nós mesmos, o tempo do “eu pessoal”, para tomarmos posse do que é nosso, de nossa humanidade, da verdade de nós mesmos.
Geovani
14/08/2012

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