Postagens populares

sábado, 16 de março de 2013

Justiça de Deus e Justiça Legal (legalismo)



Em geral entendemos por justiça como algo ligado a lei, à moral e ao direito. Mas essa forma de interpretar a justiça é parcial, porque a sua prática depende da interpretação de cada país. Fazer valer a justiça, por exemplo, pode ser a morte legal (no caso do país ter a pena-de-morte e o aborto legalizados, bem como a eutanásia, e, mesmo alguns tipo de métodos de anticoncepção abortivos).

Ora a justiça vista dessa forma é totalmente contrária à justiça que Cristo nos ensina e, certamente trarão os seus reflexos na sociedade, já que nossas escolhas trazem em si suas consequências. Aliás já estamos colhendo os frutos de um mundo secularizado, cuja mentalidade exclui Deus de suas decisões. As crises que estão se alastrando pela Europa e pelo mundo, tem sua fundamentação nos anos 60/70, com o início de uma grande revolução comportamental, onde o homem coloca-se como o centro do poder sobre si mesmo.
O poder do homem sobre si mesmo é ilusório, porque tira-lhe a capacidade de conhecer-si verdadeiramente. Só podemos nos conhecer verdadeiramente tal qual fomos feitos por Deus se sairmos de nós mesmos e no centrar em Cristo. Em Cristo, rosto humano de Deus, está estampado o rosto de cada um de nós, porque Nele está toda a imagem e semelhança que Deus, generosamente, quis nos revelar através de seu filho amado.

É por isso que, quando faço um encontro com Cristo, faço uma experiência de alegria infinita, e sou tomada por um amor maior por mim mesma e pelos outros. Na medida que colocamos o senhorio de nós sobre nós mesmos, estabelecemos um rompimento com o nosso Criador por deliberação nossa e a nossa imagem fica descaracterizada até nos perdermos de nós mesmos. É o que acontece com o mundo que exclui Deus de suas decisões e age como se Deus fosse manipulável.
A liberação sexual com seus desmembramentos, mostra-nos claramente a face desse senhorio do homem sobre si mesmo. Não me refiro aqui a uma sexualidade responsável, mas ao ato de se colocar como senhor de si mesmo, sobre o próprio corpo, sobre a própria vida, que é um ato desleal porque a vida humana é dom de Deus e o homem não tem o controle da própria vida. Sabemos onde leva essa “liberdade” (entre aspas).

Na década de 60, surgiram os mais diversos movimentos que vale destacar o movimento hippie que protestava contra a Guerra Fria, a Guerra do Vietnã e outras guerras; cujo lema era Paz e Amor. Um movimento que queria expressar uma liberdade sem Deus, que acabou por se transformar em libertinagem. Jovens mergulharam fundo nos vícios, nas drogas e no sexo e acabaram por se perder, deixando uma herança de destruição que ainda vivemos nos dias de hoje.
Essa revolução nos costumes levou os países europeus, onde ocorreram estas manifestações em maior escala, a tomarem medidas paliativas para evitar um colapso social.
Mesmo assim não justifica as medidas contra a vida praticadas desde então.


A Justiça de Deus

A justiça de Deus nos impele ao amor. Viver o amor é viver em paz uns com os outros, não falar mal de quem quer que seja, não lastimar e nem murmurar contra o que seja, e, principalmente perdoar àquele que nos ofende. Perdoar não é esquecer a ofensa, é considerar o ofensor como ser humano dotado de imperfeições, capaz de errar e, por isso precisa de misericórdia como chance para retomar a vida, se reconciliar com Deus e consigo mesmo. O perdão, se for de coração edifica a pessoa, ajuda-a a se erguer, a tornar-se um ser humano melhor.

O perdão, como o amor não é um “sentimento” é uma “decisão” que vem de dentro e se expressa em gesto grandioso, que faz bem a todos. Portanto, o perdão é uma atitude pessoal que vem de dentro de nós e não está sujeito a adesão ou mesmo um pedido de perdão de quem nos ofendeu. Esta é a minha parte, quanto à parte do ofensor é dele com Deus. Cristo nos ensina, que seremos tratados por Deus da mesma forma que tratamos os outros. É bom lermos os texto bíblicos para conhecermos melhor a vontade de Deus para nós: (Mt 6, 14-15/Lc 6, 37b/Mt 18,23-35).


Todas as atitudes cristãs estão submetidas ao coração, como centro de nós mesmos e onde está Deus em nós. Para sermos justos como Deus, temos que ser “um com Ele”. Por isso é necessário atitudes que vem de dentro de nós e não atitudes que traduzem em gestos superficiais. Deus não considera a postura dissimulada que quer parecer aos outros. Ele só considera as atitudes que vem do nosso íntimo.

A justiça de Deus pressupõe igualdade para todos e temos em nosso meio, em nossas leis muitos privilégios que facilitam a vida de alguns e dificultam a vida de muitos. O que Cristo nos passa está acima de qualquer lei, moral ou do direito, porque está impregnada em nós, no profundo de nós mesmos.
Geovani
14/06/2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário